domingo, 16 de maio de 2010

Eu sempre andei recolhendo os percalços alheios, numa tentativa quase que impossível de dar fim ao que fosse que estivesse fazendo mal pra quem eu gosto. Durante um tempo carreguei responsabilidades, grandes até, pra minha idade, pegava as dores, enfiava na minha mochila de carga, e só... Só continuava. Tempo depois, perdi pessoas importantes, uma perda atrás da outra, botei gente de 23 anos no colo e deixei chorar, e as dores alheias eu ia depositando na tal mochila de carga. Já vi muitos amigos sofrendo, e o que eu fazia? Pegava aquelas dores, e simplesmente enfiava na minha mochila de carga. Altruísmo demais? Talvez... Quando dei por mim, minha mochila de carga estava cheia... E agora? E os meus problemas, onde eu enfiaria? Não tinha nenhuma mochila de carga alheia que agüentasse tudo o que eu tinha pra depositar. É por isso que eu escrevo. Porque cada tiquinho de tranqüilidade que eu dou a alguém, é um pouquinho da tranqüilidade que eu nunca tive.


me identifiquei (:
Flávia Rezende.

4 comentários:

  1. adoorei o texto ! parabéns pelo blog ;) to seguindo

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  2. Nossa.....que profundo. Acho que eu também sou mais ou menos assim, só que eu escrevo para esvaziar a minha própria mochila de carga, que só contém os meus proprios problemas.....que já são muitos XD

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  3. Excelente texto. É de quem, moça?
    Massa o blog, estou seguindo, viu?!
    Sucesso!
    http://lanternadealhures.blogspot.com

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  4. Curti.
    Mas é isso, não podemos dar as costas ao problemas dos outros, pois quando precisamos deles, talvez eles também nos deixem.

    http://garotalii.blogspot.com/

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