segunda-feira, 28 de junho de 2010

Desistir?

Eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério.
É que tem mais chão nos meus olhos
do que cansaço nas minhas pernas,
mais esperança nos meus passos
do que tristeza nos meus ombros,
mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça.


[Cora Coralina]

(( ''entre Aspas'' ))
Flávia Rezende.

domingo, 27 de junho de 2010

Infância.




Por alguns momentos desse meus últimos dias badalados pude ver a felicidade da infância.
a inocência, a pureza,a beleza, a criatividade, o sorriso de uma criança, e também o choro dela.
Ser feliz por coisas tão simples, fúteis a olhos adultos, é exuberante, contemplável.
Passar uma tarde com crianças é uma aula de aprendizado, assim como um idoso.
Passear em um trem reluzente e com musica alta, me fez ver que pra ser feliz não é necessário muita coisa, me fez resgatar valores inadmissíveis a olhos corrompidos pela ganancia.
O brilho nos olhos das crianças me atrai, me faz querer fazer todas o mais felizes possível, elas são tão admiráveis.

é uma nova fase,a fase dos valores resgatados, do ego renovado, do espírito novo, dos olhos brilhantes por pequenas coisas.
Crianças, são vocês a fonte de inspiração dos meus dias conturbardos, perdidos, confusos.


Flávia Rezende.

chorei.

" Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu.
Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas. Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto... "

Flávia Rezende.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Momento Filósofa;


'Não há tempo para adaptações, a vida é intensa, insana e rápida,rápida.'

'Talvez eu nao tenha dito ou me expressado da forma correta, tampocou me preocuparei com isso, o tempo há de mostrar a realidade das minhas palavras cordenadas pelo simples desejo de escrever-lhe algo.'


Flávia Rezende.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ser, não ser.


Ser ou não ser? Mera dúvida que paina sobre todos num exato momento da vida. E é sobre a minha que está agora. Ser ou não ser mais compreensiva, mais carinhosa, mais amiga, mais uma infinidade de coisas ; pra que ser tudo isso, se por um instante tudo isso vai ao chão, de uma vez só. E toda esperança que se tinha, acaba. Acaba. Como acreditar que tudo vai melhorar, se cada vez que me esforço termino vivendo uma decepção lastimável. Acordar e pensar: " hoje vou fazer dar certo", já não faz mais sentido. Cada vez que insisto nisso saiu com uma dor ainda maior do que a outra. Acumula, Acumula. Brigas sem nexo,palavras ao vento, sorrisor negados. Sentimento, o que sobra de sentimento? Sentimento derrotado.! Ninguém suporta. Aprendi que até os "pra sempres" mais sinceros são finitos. Não existe na realidade o que dure igualmente pra sempre. Tudo tem sua elevação e seu desgaste, tudo uma hora acaba fisicamente. Dentro de mim o amor vive,ferido,vive.
07/06 14:41H

Flávia Rezende.